terça-feira, 14 de julho de 2009

'siren song', bat for lashes

é como se de repente a terra se tivesse movido e debaixo dos meus pés apenas ficasse um fio, fino, fino, por demais. como se de repente o mundo tivesse mudado de feição, de cor, de batimento. mas depois olho para mim e penso... já estive aqui, já experimentei isto, já senti isto e continuo aqui. não vou a lado nenhum, nem isto vai ser a minha ruína. sim, eu vou continuar por aqui... vou continuar a chorar quando as lágrimas não tiverem outro lugar para onde ir. e vou continuar a irritar-me quando a revolta me abordar. vou continuar a querer sentir a melancolia, a tristeza, tudo dentro de mim. vou continuar a querer ficar só, que a solidão me abrace, me rodeie e se esqueça de mim.
sim, a terra moveu-se e eu fiquei neste meio precipício... mas não vou cair. já caí ali... e levantei-me. pode custar, pode durar, pode tudo o mais... mas, no fim, hei-de continuar a ser eu... lá, no fim, serei eu...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

'nothing else matters', metallica



Tive vontade de dançar contigo. que me tomasses nos braços e me levasses... encostar o ouvido ao teu peito para ouvir o bater ritmado do teu coração, fechar os olhos e não pensar em mais nada senão naquele momento em que as luzes se apagam, tudo faz sentido e nada mais importa.
Tive vontade de dançar contigo.esquecer que existe mundo lá fora (e será que eu não esqueço que há mundo lá fora quando estou contigo?) e que o teu sorriso (lindo, esse teu sorriso...) não pode ficar sempre ali ao meu lado. sim... dança comigo...

sexta-feira, 3 de julho de 2009

'drive', incubus

não tenho tido grande vontade de escrever, sou sincera. as palavras não se têm pegado a mim naquela sofreguidão que era normal e comum. acho que não é por terem deixado de gostar de mim, mas porque de repente deixei de sentir uma melancolia constante. sim, foi isso. não há outra hipótese. e, se por um lado, gosto que essa tristeza não me transporte para mundos que eu já tão bem conheço, por outro lado, sinto uma certa nostalgia das noites em que não fazia mais do que deixar os meus dedos escorregar depressa pelas treclas do computador, numa luta contra o tempo, contra o movimento, contra a alma, que insista em falar mais rápido do que a velocidade a que eu escrevia.
não tenho tido grande vontade de escrever... e a culpa em parte é tua. fazes-me ter vontade de sorrir assim, sem motivo e sem sentido. sim, a culpa é tua. que a culpa nunca morre solteira e eu, obviamente não vou atribuir a mim mesma essa culpa...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

'time to pretend', MGMT

sabem como é? quando não vos apetece fazer mesmo nada? pois... hoje é um desses dias. na verdade já fiz alguma coisa, mas agora estou numa de andar à procura na internet de coisas para fazer, ver e tudo o mais, apesar de o trabalho estar ali à espera que eu pegue nele e me afogue nas mágoas e nas histórias dos outros. diziam-me que isto era uma vida descansada e tudo o mais... engano. a certa altura isto é mesmo uma rotina em que eu bato com a cabeça nas paredes (e só, que até gosto muito da minha vida!) e em que eu já não aguento mais.
agora o que eu estava mesmo a precisar era de uns minutos dentro do jacuzzi, a sentir aqueles jactos de água a bater no meu corpo. aí só pensaria naqueles jactos e o espírito ficaria plenamente vazio... ah! que maravilha... pena que ainda seja demasiado cedo e eu ainda tenha intenções de fazer mais qualquer coisa no trabalho. a consciência consegue ser algo extremamente pesado... enfim!