sexta-feira, 25 de julho de 2008

'standing in the way of control'

talvez seja demasiado tarde para fazer um balanço... os balanços são para ser feitos nas alturas certas, perto dessas alturas e não passado uns tempos, quando todas as pessoas já nem sequer se lembram. a verdade é que não sou uma pessoa como as outras. tão simples e claro quanto isto. e, porque não sou é que me atrevo a fazer este balanço agora. de forma despropositada. como despropositados são sempre os balanços.
dou uns passos atrás. melhor, recuo. optimus alive 2008. um cartaz excepcional, não é mesmo. Bob Dylan, Neil Young, Ben Harper... mas às vezes, nestas alturas, os grandes... bem, que dizer? obviamente que não se podia dizer não compro bilhete, não vou. pensei que poderia ser uma oportunidade única. como que contradizendo o famoso ditado a vida são só três dias e o carnaval são dois. bem, o optimus alive são três pelo que, assim, ficam totalmente preenchidos os dias da vida (hehehehehehe).
mas então, lá fui eu... diga-se que a vida já não é a mesma, a idade já não perdoa e a pessoa cansa-se com mais facilidade. é a velhice a alcançar-nos ou nós a tentarmo-nos esconder dela. a verdade é que perdemos a paciênca muito mais facilmente, irritamo-nos mais facilmente e o mundo tem de, necessariamente, andar ao nosso ritmo, sob pena de termos o caldo entornado.
foi uma experiência e tanto. nenhum dos grandes nomes me encheu o olho (quer dizer, excepto Neil Young sobre o qual nada posso referir uma vez que não assisti a nenhuns minutinhos do mesmo). foram mais os pequeninos. uns the national que deram um cheirinho no abrir das hostes do festival, no que a mim diz respeito. uma dj peaches que totalmente me supreendeu e me fez dançar imparavelmente; uns the hives com perda de identidade; uns jonh butler trio que foram os maiores na noite de um Bob Dylan que não sabe dar concerto em festivais; um Donavon razoável; uma Róisïn Murphy imparável; uns Gossip devastadores e um Ben Harper ganzado.
a verdade é que este ano o festival melhorou. mais espaço, melhores instalações. às vezes a festa vai para além da música. aqui houve momentos em que a música ficou longe, a tentar segurar-se a ela mesma. mas outras houve em que a música encheu o espaço, o palco e envolveu-nos. nós estamos para nos divertir, é só isso.