sábado, 16 de fevereiro de 2008

'love boat captain'

estou em casa, casa. a televisão mostra o telmo correia a tentar explicar uns desaires com o casino de lisboa e a borla que deram ao mesmo... as complicações normais da nossa democracia! acho que nada seria o mesmo se não existissem explicações para dar, manifestações para organizar e impropérios para serem proferidos. afinal, o que seria de portugal sem tudo isto? andamos é todos a rirmo-nos da desgraça alheia... é pena é que nem sempre a desgraça alheia é pior que a de nós próprios.
faço um sorriso. lembro-me dos sorrisos da joaninha. tão tímidos, tão cheios de vida, tão desinteressados. cá dentro o eddie vedder vai cantando 'love boat captain'. a dizer
'
Is this just another day,... this God forgotten place?/First comes love, then comes pain. let the games begin,.../Questions rise and answers fall,... insurmountable./Love boat captain/Take the reigns and steer us towards the clear,... here./Its already been sung, but it cant be said enough./All you need is love'. faço mais um sorriso. não consigo esquecer o da pequenina joana, tão simples... e porque é que, quanto mais crescemos, as coisas se vão tornando mais difíceis? porque é que não pode ser tudo simples como aquele sorriso? porque é que não pode tudo ser assim tão simples? mas nada é simples...
olho a revista actual pousada ao meu lado... sorrio. volto a pôr 'love boat captain' a tocar... e acabo assim... a pensar em ti... tão perto e tão longe... e sorrio... olho novamente a revista... 'Talvez o céu seja um mar grande de água doce e talvez a gente não ande debaixo do céu mas em cima dele; talvez a gente veja as coisas ao contrário e a Terra seja como um céu e quando a gente morre, quando a gente morre, talvez a gente caia e se afunde no céu' [José Luís Peixoto, in 'Nenhum Olhar']
sorrio. este texto ficou a maior confusão possível... é como está a minha alma. é como eu estou. e sorrio. hoje não quero saber.

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