sexta-feira, 19 de março de 2010

'howl', florence and the machine

ainda me estou a ressentir das maluquices que ando a fazer durante a semana... estou aqui em frente do computador, a tentar fazer alguma coisa de jeito e que se veja e o melhor que fazia era deitar a cabecinha na almofada e deitar-me a dormir! tudo a ver com o dia que se comemora hoje!!! o dia do sono. é isso mesmo pessoal!!! hoje é mesmo dia de fazer uma soneca simpática...

mas, hoje vinha aqui para falar do concerto de terça. sim, passado tanto tempo, tenho de falar do concerto de terça. primeiro, porque descobri que me estou a tornar exigente no que respeita à música, a novas bandas e a concertos. exigente no sentido de nem tudo o que toca é giro e tem de ser ouvido. exigente no sentido de a audição estar desperta para outras coisas para além do primeiro som. ouço mais além, é verdade. e, já nem tudo o que vem à rede é peixe e morde o isco. muitas coisas vão passando ao lado. já outras, parece que se enterram mais. e depois, porque tarde ou cedo eu tinha de falar desse concerto.

mas, falemos do concerto de terça. esgotado. aula magna. tudo para dar certo. sentei-me lá numa daquelas cadeiras desconfortáveis e que parece que se estão quase a partir (será que não há dinheiro para ir tirando umas quantas e substituindo por outras melhorzinhas??? não é preciso ser tudo ao mesmo tempo!!!) e olhei para o relógio. ainda era cedo, pelo que tirei de dentro da minha mala que tem tudo o meu livro e comecei a ler. é interessante que consiga concentrar-me quando tudo à minha volta é feito de barulho... a sorte é que é barulho imperceptível, pelo que se torna mais fácil. a rapariga ao meu lado sorria-me sempre que nos perguntavam se uns locais lá ao lado se encontravam ocupados. eu, ainda antes da pergunta, já com a mala na mão e os joelhos enviezados. já fui melhor a decorar rostos e caras e tudo o mais. achava sempre que eram as miúdas que ali estavam sentadas... afinal não eram! eram só umas pessoas à procura de lugar... depois, ainda com o palco silencioso e vazio de pessoas, alguns espectadores começaram a preencher as escadas (será que as pessoas têm noção da parvoíce que é?? imaginando que acontece alguma coisa, que entramos todos em pânico e tudo o mais, o caos instalar-se-á... estive vai não vai para mandar uma boca.. mas depois contive-me. a verdade é que estou sempre a pensar no pior que pode acontecer...). continuei pois, a ler o meu livro.

a certa altura, pouco depois das nove da noite, lá entra a banda que fez a primeira parte. os espectadores vibram. eu guardei o meu livro, é verdade, porque já não tinha luz para continuar a ver as letrinhas. depois ouço a música e irrito-me. não consigo entender a vibração do público. sim, a música tem uma boa batida, a bateria tem um ritmo que puxa para cima e que nos leva a entrar na música, mas tudo o resto parece descontextualizado. a voz da vocalista perde-se no meio do barulho de todos os instrumentos. às vezes acho que se esqueceram todos dos acordes e que cada um começou a tocar por si mesmo, à sua vontade. e a todo o momento, apesar do à vontade com que a vocalista dança no palco, com os seus botins e o seu cabelo liso e escorrido, facto é que a sua voz desaparece, não se entende e perdem-se todas as palavras que ela pretende exprimir. no final, aparece florence, com o seu vestido claro, descalça. vem para ajudar à festa e tocar no tambor. dançar um bocado ao som da bateria e de um ritmo quase tribal. depois termina.

enquanto a florence regressa ou não, vou continuando a ler o meu livro. a impaciência aumenta, eu digo a mim mesma, como se alguém me pudesse ouvir, que no dia seguinte é quarta e que vou trabalhar e que, mais ainda, preciso de me levantar cedo. mas, nada feito, antes da dez não há florence para ninguém.

depois, finalmente, a florence entra, acompanhada pelos seus the machine e começa a festa. e depois eu lembro-me! há muito tempo que não assistia a um concerto tão animado! e a seguir sorrio. lembro-me como comprei o cd. e aí, não deixo de sorrir novamente... nada como chegar a uma qualquer loja de discos e comprar um disco ao calhas...

segunda-feira, 15 de março de 2010

'lonely', akon

(não recomendo a presente canção. desconheço cada minutinho da mesma... mas a mesma é perfeita para o que quero aqui falar e, portanto, o factor conhecimento decai perante a necessidade de adaptação à situação)
questiono-me sobre se há pessoas que não conseguem estar sozinhas. não sabem o que é isso e, de cada vez que se veêm perante essa situação parece que ficam desorientadas, perdidas, que a vida perdeu o seu rumo e as coisas deixaram de ser a cores para adquirirem uma tonalidade preto, branco e cinza (sim, elas concedem no cinza...) facto é que as suas vidas não se mostram adaptadas a essa coisa de estares sozinhas. mas, sozinhas não no sentido de não terem amigos - sim, que destes nós todos precisamos -, antes no sentido de não terem ninguém com quem partilhar a vida, no sentido literal. no fundo, não têm ninguém para lhes fazer festinhas no cabelo... no fundo, são pessoas que não vivem bem na solidão. perdem-se. e depois irritam-se porque as coisas não resultam nem têm o rumo que pretendiam que tivessem. na verdade, acabam por passar a sua solidão sempre à procura... à procura de qualquer coisa... e isso também as impede de crescer...

sábado, 6 de março de 2010

'black rose', blind zero

estava deitada no meu sofá, com os meus olhos já meio fechados quando me dei conta de que realmente é verdade e eu tenho andado meio preguiçosa. meio para não dizer totalmente. deixo-me contaminar pela televisão, pela facilidade das imagens e relego para segundo plano a vida, o trabalho e outras coisas mais. acho que é por ser tão fácil, ficar ali estilo vegetal em frente à televisão. é por isso que o ginásio ficou para amanhã, grande parte do trabalho ficará para amanhã, se é que amanhã há possibilidade de fazer tudo o que está planeado ser feito.
sim, estou a ficar preguiçosa, no sentido de que me relego a deixar-me estar em vez de estar activa, de fazer qualquer coisa produtivo. ainda que seja escrever umas balelas nesta página. sim, mas estou a ficar preguiçosa. preguicite da idade, segundo me parece. quanto mais dias vou andando em frente, mais vontade tenho em continuar deitada no sofá (actualmente com a mantinha sobre o corpo, que o frio ainda aperta...) tenho de acabar com isto imediatamente, que isto não é vida para ninguém. e agora, vou trabalhar, que isto da preguicite é para acabar já.

terça-feira, 2 de março de 2010

'we are the world', michael jackson e lionel ritchie

acordei de manhã a cantar esta música. fui para o banho a cantar esta música. e agora estou a fazer umas coisas no computador enquanto ouço esta música e, ao mesmo tempo a canto e balanço a cabeça num movimento lateral (estilo stevie wonder). de repente, perante todas as catástofres, naturais e humanas, ela faz todo o sentido... (se bem que não concorde nada com o facto de se fazer uma nova versão para o haiti. sim, temos todos de ajudar, mas porque não com uma nova canção? porque, efectivamente, esta canção tem um tempo, uma visão e um sentido e não era o haiti)

'when the world must come together as one/there are people dying/and it's time to lend a hand to life/the greastest gift of all'

acordei de manhã a cantarolar esta música. sem sentido, diga-se. mas as coisas na vida deixaram de ter que ter qualquer sentido. acontecem porque sim e para quê andarmos à procura de respostas para as nossas filosofias se no fim elas vão ser apenas perguntas sem resposta? e por aqui me fico. que é melhor. para não dizer outras asneiras. vou continuar a cantar. isso até faço razoavelemente! e, claro a abanar a cabeça de um lado para o outro. e esperar que o mundo se salve a si mesmo (se calhar é melhor esperar sentadinha, não?).