quarta-feira, 29 de abril de 2009

'the park', feist

de tantas músicas, escolho esta para ouvir. estou aqui sentada na minha cadeirinha, a tentar pensar, a tentar trabalhar... a tentar fazer o que quer que seja, ainda que isso seja escrever algumas palavras. mas depois parece que, de repente consigo, efectivamente, ir em frente, escrever alguma coisa, dar a volta ao texto. mas é tudo mentira. tudo mentira. não conheço as palavras, não conheço as letras e acabo a embrenhar-me num caminho sem fim, sem volta.
passo as mãos pelos olhos. sei que se deixasse eles verteriam inúmeras lágrimas. mas eu não lhes permito. não deixo. não hoje. não deixo.
componho-me. endireito-me. tomo inúmeras providências, todas elas paralelas. e não faço nada. fico a aolhar para o que escrevi vendo as letras dançarem à minha frente sem mais. é a vida. é o mundo. é o humano. é tudo ao mesmo tempo e nada de nada. é o esquecimento que eu não quero e a vivência que eu quero lembrar. é o laço que se quebra pela distância e que quero a custo manter e o desprendimento que sinto. é uma certa preocupação que me invade e dúvidas sobre se eu não terei sido o ponto de não retorno.
a vida é mesmo assim... compreendem-me?
vou voltar ao trabalho, que a vida também é feita de coisas materiais. essas pelo menos não nos causam dúvidas, nem nos trazem preocupações. algo que nos salve, pelo menos...

Sem comentários: