
estou só. sinto-me demasiado só. sinto que perdi uma luta, se é que algum dia estive na corrida... sinto que perdi a batalha para deixar esta solidão... e afundei-me neste mar de sombras e sonhos perdidos... afundei-me num mar de pesadelos incessantes e assustadores.
abro os olhos e volto a olhar o espelho. digo a mim mesma que aquela que ali está não sou eu. eu não choro quando as coisas não acontecem como eu quero... eu levanto a cabeça, faço um sorriso e tento mais uma vez... e aquela que está ali, reflectida naquela pedaço de espelho, não sorri, não levanto a cabeça... aquela que está reflectida no espelho não contem as lágrimas, nem levanta a cabeça para enfrentar o próximo obstáculo... e eu não sou aquela. eu não desisto à primeira tempestade, ao primeiro abanão do barco...
olho o espelho e sinto a solidão... demasiada solidão para uma pessoa só... ou a minha companheira para a vida ???
vou à janela... as lágrimas ainda a correrem pelo rosto... lá fora o sol brilha. a chuva nunca mais vem... mas aqui dentro, aqui que ninguém vê, é só tempestade... sem bonança.
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